Produtos e embalagens plásticas feitas com aditivo oxidegradável geram microplásticos que estão degradando solos, rios, mares, atmosfera e afetam a vida dos seres vivos e a saúde humana.
Os alertas mundiais de cientistas baseados em estudos e pesquisas sobre a degradação dos solos, águas doces e oceanos, aumentam desenfreadamente pela contaminação com macro, micro e nanoplásticos. Já é patente que a cada ano, seres humanos e outras espécies de animais ingerem cada vez mais nanoplástico a partir de seus alimentos e da água potável. A Universidade do Arizona mostrou na sociedade científica American Chemical Society em 17.08.2020, a presença de microplásticos em tecidos de órgãos humanos como rim, fígado, baço e pulmão. Em fezes humanas já foram detectados em pesquisas realizadas na Universidade Médica de Viena e da Agência Ambiental da Áustria.
Para se ter uma noção, por ano, são consumidas até 5 trilhões de sacolas plásticas em todo o planeta. A cada minuto, são compradas 1 milhão de garrafas plásticas e 90% da água engarrafada contém microplásticos.
Um dos grandes contribuintes para este estado de poluição devastador é uma tecnologia contida no aditivo químico D2W e Go Green P-Life, destinados a fabricação de produtos plásticos como embalagens, sacolas, copos, canudinhos, garrafas, material escolar, brinquedos, etc., que se apresentam nas embalagens dos produtos que consumimos com o nome de oxibiodegradável, mas na verdade são oxi ou oxo-degradável, um aditivo químico que promete há 20 anos aproximadamente no Brasil, transformar produtos de plásticos comuns(que devem entrar na economia circular), em produtos “biodegradáveis” e assim, serem uma “solução” da poluição plástica. Esse aditivo faz com que o plástico se degrade em espaços de tempo curtos em relação a uma degradação natural dos plásticos, fragmentando-o em minúsculas partículas: os micro e nanoplásticos, invisíveis a olho nu e, portanto, não há como retirá-los do ecossistema. Ao invés de “solução”, um inimigo do ecossistema, incluindo, claro, os seres humanos.
Assim, fica evidente que esta proposital inscrição:oxi “bio” degradável, trata-se de pura estratégia de marketing utilizada pelos distribuidores, fabricantes e comerciantes destes produtos, pois a introdução do “bio” no verdadeiro nome oxidegradável, transformando-o no nome oxi“bio”degradável, busca a associação automática e inconsciente por parte do consumidor, de se tratar de produto biodegradável (rótulo ambientalmente positivo), quando na realidade trata-se de produto oxi ou oxo-degradável, portanto é uma indução ao erro, que está levando a situações nefastas.
O Instituto Humanizar, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, descruzou os braços e numa atitude corajosa, entrou com uma Ação Civil Pública(ACP) no Tribunal Regional Federal em Curitiba, contra fornecedores aqui no Brasil desse aditivo oxidegradável, contra as indústrias que fabricam produtos e embalagens com ele e contra o comércio varejista que comercializam produtos oriundos desse aditivo oxidegradável. As empresas são: Altacoppo; Arcos Dorados (Mc Donalds); Casas Bahia (Via Varejo); Copobras; Eco Ventures (GoGreen P-Life); Lojas Americanas; Plaslix; Res Brasil (D2W); Strawplast;Supricorp (Gimb) e World Post.
Também a União participa dessa ACP, Ministério Público Federal e ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas. Para acompanhar os trâmites da ACP no Tribunal Federal veja AQUI
De acordo com o presidente do Instituto Humanizar, o cientista social Plínio da Franca, o número de empresas industriais e comerciais envolvidas com os aditivos oxidegradáveis são inúmeras e, portanto, impossível de arrolar todas em uma ACP. Mas, o importante é ter entrado na ACP contra os maiores distribuidores do aditivo oxidegradável, grandes fabricantes de produtos e embalagens e grandes distribuidores do comércio varejista. Pretende-se com isso, inibir a participação de outras empresas, tanto na aquisição do aditivo, quanto na fabricação de produtos com ele e a comercialização de produtos manufaturados com o oxidegradável.
Segundo Plínio da Franca, faltam legislações claras e informação sobre o assunto ao consumidor, algo que pretende alcançar com esta ACP. Outra preocupação são os projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional, Assembleias Legislativas Estaduais e Câmaras Municipais, para permitir e até impor o uso do aditivo “oxibiodegradável” na fabricação de produtos e embalagens. Se isso ocorrer, será um desastre de proporções incalculáveis, afirma o cientista social.
Assista aqui o vídeo que solicita a participação da população para assinar um abaixo assinado de apoio a essa ACP.
Para assinar o abaixo assinado clique AQUI
[…] ao meio ambiente adotaram a estratégia de ganhar tempo para tentar se safar da Justiça. Elas são alvos de Ação Civil Pública (ACP) do Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Comun…, ingressada em julho deste ano no Tribunal Regional Federal da 4ª Região em Curitiba (PR). A […]